Sabe...
É engraçado como nossos desejos mudam da infância até a fase adulta. Estive me perguntando se tudo aquilo que desejei eram sonhos verdadeiros ou somente sonhos de criança! Sempre ouço as pessoas dizerem que preciso ter planos pro futuro. Não posso! Sou muito volúvel e mudo de idéias todos os dias...

Antes eu queria brinquedos, agora quero uma moto! Queria terminar os estudos, hoje sonho em fazer intercâmbio. Queria ter um emprego, mas só isso não me acalma. Preciso ter sucesso profissional. Pagar as contas? Que nada! Quero ter dívidas. Aquelas por ter comprado uma bela casa, um ótimo carro...

Quando paro pra pensar eu sinto que tem algo mais “valioso” se destacando. É aquela sensação gostosa de precisar de alguém. Não é alguém fisicamente falando. É aquele alguém especial que toca nossa alma, aquece nosso coração. Olha nos olhos, entende nossos sentimentos, nos faz rir e nos chama a atenção se precisar.

Ao longo de nossa caminhada sempre nos deparamos com pessoas especiais. Aquelas que nos marcam com um carinho, uma ajuda, uma bronca, mas sempre com a sensação de que nos ama além do que podemos suportar. E sentimos essa intensidade vivendo e convivendo com elas. Seja por um dia ou por um ano.

As muitas pessoas que cruzam nossas vidas, umas serão amigos verdadeiros, amigos temporários, aqueles que só chegam pra nos salvar ou para nos dizer “oi. Outros viram amores sinceros, amores sofridos, amores que nos fazem morrer e renascer como a Fênix em sua esplendorosa transformação.

Chorar faz parte, se machucar, ter decepções, confundir sentimentos até cair de porre pra esquecer alguém? Tudo está no pacote. Sentir solidão em meio à multidão, sentir-se rodeado de sentimentos quando estamos somente com uma única pessoa é o brinde!

O que vale mesmo é se apaixonar várias vezes achando que é pra sempre, chorar pela partida do amigo e chorar de novo porque ele voltou. Chorar porque acha que o amigo virou inimigo, mas será esse mesmo amigo que nos estenderá a mão.

A vida é assim: um ir e vir infinito, sem razão, sem preocupação. Somos protagonistas e coadjuvantes desse filme e assim cada um cumpre o seu papel...
Destinos não são traçados. Seguimos uma vibração de querer e o querer é isso! Viver, deixar-se viver. Não é certeza de que tudo vai dar certo, pois não teria graça.

Decepcionar é natural. Se surpreender também. Nada dura para sempre. Nem a felicidade e nem a tristeza. Tudo é equilíbrio. O que vale a pena é amar cada pessoa como se ela fosse única, especial.

Cada alma que passa por nós nunca vai só e nem nos deixa só. Leva um pouco de nós e nos deixa um pouco de si... “Já dizia Antoine de Saint Exupéry”